Há 47 anos, na Copa do
Mundo de 1966, a exclusão do capitão da Argentina de campo fez a Fifa instituir
os cartões amarelo e vermelho
O juíz Rudolf Kreitlein expulsa o
capitão argentino Antonio Rattin (Foto: Getty Images)
Há 47 anos, na Copa do Mundo de 1966, a exclusão do
capitão da Argentina de campo fez a Fifa instituir os cartões amarelo e
vermelho
Vinte e
três de julho de 1966, Estádio de Wembley, Londres, quartas-de-final da Copa do
Mundo da Inglaterra. Há 10 minutos do fim do primeiro tempo, ingleses e
argentinos empavam sem gols quando foi marcada uma falta do zagueiro Perfumo
sobre o atacante Bobby Charlton, na entrada da área. Perfumo contestou a marcação
e Rattín entrou em cena, apontando para a sua braçadeira de capitão e fazendo
sinais ao juiz alemão Rudolf Kreitlein. Queria argumentar sobre o lance, mas
não adiantava falar, porque o juiz não entendia espanhol. Kreitlen não quis
saber dos insistentes pedidos e, com o indicador, mandou Rattín para fora do
campo. Atônito, o argentino pediu um tradutor, mas o alemão já tinha decidido
que ele estava expulso.
Depois daquele 23 de julho, há 47 anos, a Fifa percebeu que deveria inventar
algo não-verbal para que os juízes pudessem advertir os jogadores. Foi o
árbitro inglês Ken Aston, chefe dos juízes do Mundial, quem teve a ideia, ao
parar em um semáforo, um dia depois do jogo, de que o uso de cartões em amarelo
e vermelho seriam a solução, e eles foram instituídos a partir da Copa de 1970.
http://www.youtube.com/watch?v=1QVUKwpGwno&feature=player_embedded
Apesar da polêmica com Rattín,
Aston pensou nos cartões no caminho do percurso para a concentração inglesa,
onde foi atender a uma consulta do jogador inglês Jack Charlton sobre o mesmo
jogo. O zagueiro inglês estava em dúvida se também tinha sido advertido pelo
confuso Kreitlen, e solicitou que Aston checasse a súmula do controverso jogo.
Ainda a propósito de Rattín, sua saída de campo rendeu duas cenas antológicas:
primeiro o número 10 sentou desorientado na primeira cadeira que viu. Era uma
bela peça estofada e vermelha, na verdade destinada para a Rainha, que não
tinha ido ao jogo. Quando o argentino levantou e seguiu para o vestiário,
torcedores ingleses lhe atiraram objetos. Ele retribuiu com gestos obscenos e
depois torceu a bandeirinha inglesa do escanteio. Foi o suficiente para os
tabloides locais estamparem manchetes em que chamavam os argentinos de animais.
Fonte: globo.com
O juíz Rudolf Kreitlein expulsa o
capitão argentino Antonio Rattin (Foto: Getty Images)
Há 47 anos, na Copa do Mundo de 1966, a exclusão do
capitão da Argentina de campo fez a Fifa instituir os cartões amarelo e
vermelho
Vinte e
três de julho de 1966, Estádio de Wembley, Londres, quartas-de-final da Copa do
Mundo da Inglaterra. Há 10 minutos do fim do primeiro tempo, ingleses e
argentinos empavam sem gols quando foi marcada uma falta do zagueiro Perfumo
sobre o atacante Bobby Charlton, na entrada da área. Perfumo contestou a marcação
e Rattín entrou em cena, apontando para a sua braçadeira de capitão e fazendo
sinais ao juiz alemão Rudolf Kreitlein. Queria argumentar sobre o lance, mas
não adiantava falar, porque o juiz não entendia espanhol. Kreitlen não quis
saber dos insistentes pedidos e, com o indicador, mandou Rattín para fora do
campo. Atônito, o argentino pediu um tradutor, mas o alemão já tinha decidido
que ele estava expulso.
Depois daquele 23 de julho, há 47 anos, a Fifa percebeu que deveria inventar algo não-verbal para que os juízes pudessem advertir os jogadores. Foi o árbitro inglês Ken Aston, chefe dos juízes do Mundial, quem teve a ideia, ao parar em um semáforo, um dia depois do jogo, de que o uso de cartões em amarelo e vermelho seriam a solução, e eles foram instituídos a partir da Copa de 1970.
Apesar da polêmica com Rattín,
Aston pensou nos cartões no caminho do percurso para a concentração inglesa,
onde foi atender a uma consulta do jogador inglês Jack Charlton sobre o mesmo
jogo. O zagueiro inglês estava em dúvida se também tinha sido advertido pelo
confuso Kreitlen, e solicitou que Aston checasse a súmula do controverso jogo.
Ainda a propósito de Rattín, sua saída de campo rendeu duas cenas antológicas: primeiro o número 10 sentou desorientado na primeira cadeira que viu. Era uma bela peça estofada e vermelha, na verdade destinada para a Rainha, que não tinha ido ao jogo. Quando o argentino levantou e seguiu para o vestiário, torcedores ingleses lhe atiraram objetos. Ele retribuiu com gestos obscenos e depois torceu a bandeirinha inglesa do escanteio. Foi o suficiente para os tabloides locais estamparem manchetes em que chamavam os argentinos de animais.
Ainda a propósito de Rattín, sua saída de campo rendeu duas cenas antológicas: primeiro o número 10 sentou desorientado na primeira cadeira que viu. Era uma bela peça estofada e vermelha, na verdade destinada para a Rainha, que não tinha ido ao jogo. Quando o argentino levantou e seguiu para o vestiário, torcedores ingleses lhe atiraram objetos. Ele retribuiu com gestos obscenos e depois torceu a bandeirinha inglesa do escanteio. Foi o suficiente para os tabloides locais estamparem manchetes em que chamavam os argentinos de animais.
Fonte: globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário